sexta-feira, 20 de maio de 2011

Frases Nicola...

Se a noite de hoje fosse uma frase Nicola seria:


"Uma noite, enquanto espero pelo autocarro no regresso a casa 
depois de um dia interminável de trabalho,
vou ver um carro parar e perguntar quanto é que levo...
Hoje (claro está) foi a noite!*"



*Trabalhar numa zona nobre de Lisboa onde se vê todo o tipo de prostituição
faz-nos, sem querer, participar em filmes desconfortavelmente estranhos.
Muitas vezes pergunto como tenho paciência para estas vidas paralelas.


5 comentários:

  1. ahahh.. Que zona é essa?


    Qual foi a tua reação a tal proposta?

    Eu acho essas coisas... surreais, mas tenta ver a coisa pelo lado positivo. De certeza que eles gostaram do que viram para fazerem tal infame proposta :)

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  2. A zona?!?!? Posso dizer-te que faz vizinhaça entre o antro comercial espanhol e o antro comercial mais alfacinha da alfacinha Lisboa, de permeio tem um verde Eduardo que liga o pombal à fronteira.

    Estava a ler quando fui interrompida pelo personagem e respondi-lhe 'não vê que estou ocupada a ler?' e voltei a concentrar-me no livro.

    A meu ver a reacção não foi má de todo, não achas? Mas tal deve ter sido por já ser a terceira vez que me vi num filme deste género.

    A primeira vez tinha 15 anos e estava a caminho da escola, desatei a correr e desabei num pranto devido à vergonha de ter sido confundida com uma menina da vida. Recordo-me perfeitamente de o ouvir dizer que me dava 5 contos para,

    A segunda vez foi aos 29, curiosamente também numa paragem de autocarro perto do Marquês de Pombal. Desta vez o personagem queria dar-me uma boleia para onde quer que eu fosse e, confesso, fui ruim para ele.

    Disse-lhe que devia estar enganado na rua. Os travecas eram mais abaixo pela Rodrigues Sampaio e para os meninos era só subir até ao Parque.

    A idade, de facto, dá-nos outra leveza de espírito :)

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  3. Ahahaha... Moro ai perto... mais acima um pouco e conheço bem a fama da zona envolvente.

    Vais detestar ler isto mas há uns anos atrás eu e uns colegas de faculdade após noites alcoólicas no bairro costumávamos aterrar já de manhã na casa de um deles que morava numa casa em Arroios. Como sabes ali perto também infesta de prostituição de rua.
    Ora o estado era lastimável e tinhamos vontade de provocar pessoas e faziamos assim, já pelo inicio da manhã, um de nós dirigia-se ao outro lado da estrada e perguntava a alguma jovem ou não tão jovem, portuguesa ou estrangeira que estivesse sozinha na paragem se fazia algum serviço de acompanhamento, só para vermos as reacções delas, que variavam imenso. No outro lado da avenida nós desmanchavamo-nos a rir.

    Não me esqueço de uma que começou a gritar na rua e a nos chamar por tudo e inclusive pela policia, mas no geral elas ficavam tão atrapalhadas que muitas vezes nem conseguiam dizer nada e iam embora com receio.

    Não era uma brincadeira muito ortodoxa mas ainda hoje me rio dessa situação "à apanhados" e das saudades desses tempos...

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  4. Julgo que muita gente mais ou menos alcoolizada já se lembrou de fazer uma brincadeira como a que descreveste ser hábito nos teus tempos de estudante. Por isso, não me choca que também faças parte do rol :)

    Eu já estudei e trabalhei em algumas zonas onde a profissão do ataque faz parte do cartão de visita - Cais do Sodré, Santa Marta, Duque de Ávila junto ao Técnico, Sapadores e agora faço vizinhança com o Parque Eduardo VII - o que também me tem feito assistir a cenas que supostamente não lembrariam a ninguém (regateio de cliente que só tem 5 EUR e quer saber o que consegue com isso, ameaça de porrada a uma miúda que está de passagem só porque algum potencial cliente mandou-lhe um piropo, marido a deixar a mulher no seu 'ponto' a desejar-lhe bom trabalho e a seguir caminho de mão dada com o filho, de não mais do que 4 anos, para o centro comercial gastar uns cobres em trivialidades).

    Quando trabalhava na Duque de Ávila, em jeito de brincadeira, dizia que se quisesse causar uma má impressão a alguém era só dizer que estudei num dos boqueirões do Cais do Sodré, trabalhava numa esquina junto ao Técnico e que morava encostada a Monsanto.

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  5. Thank you!!! You often have interesting posts! They put me in good spirits )

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