quinta-feira, 30 de junho de 2011

Filha Minha Só É Mãe Casada*

O que mais me impressionou nesta notícia não foi a miúda estar grávida do chimpanzé, mas o facto de o pai achar que o correcto é os dois casarem.



*Será que é para não passar pela 'vergonha' de ser mãe solteira?

sábado, 25 de junho de 2011

O Amor Aos 6 Anos

Aos 6 anos o meu sobrinho está feliz, porque anda perdido de amores pela 'Mariana' que é a namorada dele. Também anda perdido de amores pela 'Catarina' que, claro está, também é namorada dele.

Ah! E como não há duas sem três, ainda tem amor suficiente para dar à 'Marta', que não é namorada dele, mas é com quem vai casar.

Quando questionado pela Avó como é que consegue amar e namorar tantas meninas ao mesmo tempo, respondeu com o orgulho e a total convicção de uma criança - que sabe tudo, ao mesmo tempo que ainda está a aprender tudo:

"Oh Avó! Tu não percebes nada. Não vez que eu sou novo e tenho que aproveitar. Tenho que dar muitos beijinhos e miminhos."

O que lhe estava a deixar preocupado era como casar com a 'Marta'. Mas esta preocupação desvaneceu-se, quando descobriu que ía ao casamento do meu Tio. O bouquet era a solução.

Ele andava tão feliz, tão feliz, mas tão feliz por ter encontrado a solução perfeita, que andava numa ansiedade tremenda. Só queria que chegasse sábado para ver o meu Tio casar. Tinha que aprender como se faz e tinha que apanhar o bouquet da noiva para, assim, na segunda-feira casar com a 'Marta'. Lógico, não?

O que ele não contava é que o bouquet não fosse lançado.

Quando no início do copo-de-água viu os noivos fazerem uma saída estratégica, que envolveu o INEM, assim como todos os presentes, entrou em pânico.

Ao contrário dos crescidos, que estavam preocupados com o meu Tio que se sentiu mal (os 73 anos de vida e a experiência de um casamento anterior não foram suficientes para aguentar o fervilhar de emoções que este momento traz), ele só se preocupava com o bouquet.

Quando se apercebeu que o meu Tio estava a ser levado para o hospital, desiludido, perguntou quase num sussurro “Porquê?” Ao ouvir a resposta “Para ver como o coração está a bater”, respirou fundo de alívio e com toda a confiança respondeu num tom mais alto: “eles vão levá-lo para ver como o coração está a bater porquê? Ele casou-se, portanto o coração está a bater rápido.”

Com esta pequena intervenção, conseguiu aliviar a tensão que se vivia, arrancar uma gargalhada geral e, no final, conseguiu uma flor do bouquet para na segunda-feira oferecer à ‘Marta’ para se casarem.

Assim se demonstra que o amor pode chegar até nós a qualquer idade, seja aos 6 ou aos 73.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Devaneios Alheios - As Portas Do Amor

O amor existe, eu sei.

Por várias vezes já o vi bater à porta. Mas na porta dos outros, não na minha.
Curiosa com esta situação, resolvi mudar de porta. Pelo menos uma, duas, três vezes... Não sei bem.

Pensando bem, mais vezes até, porque perdi as contas à minha mudança. Não fosse o amor ser mais esquivo do que já se revelava, não descartei nenhuma hipótese de mudança.


Mudei para uma porta à frente, para uma porta atrás, para várias portas à frente e várias portas atrás. Também mudei para uma e várias portas ao lado, quer ao lado direito quer ao lado esquerdo.

Em toda esta minha mudança continuei a ver o amor a bater à porta, sempre dos outros. No meu caso nunca houve sucesso.

Com isso, só posso concluir que o raio do amor anda sempre uma porta à frente, uma porta atrás ou uma porta ao lado da minha e não fui feita para o amor. Isso, ou não somos nós que procuramos o amor é ele que nos encontra e temos apenas que estar atentos para lhe abrir a porta.