quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Conversas Perdidas (Colectânea 2012)

1. Do Precisar
Precisar nem sempre é sinónimo de querer. Eu estou a precisar de ir fazer análises, mas se me perguntares se quero, honestamente, tenho que te responder que não, não quero.
Por isso, dizeres que precisas de falar comigo e nada fazeres para o proporcionar, leva-me a concluir que não queres.
 
2. Das Relações a Dois (que não resultam)
O que correu mal entre nós dois? A forma como encaramos o que combinamos fazer. Eu como compromissos, tu como promessas.
Como os compromissos assumem-se e as promessas esquecem-se, eu dei o meu melhor para não falhar nos meus e tu deste o teu melhor para justificar as falhas constantes nos teus.
Por isso, ao fim de alguns meses a ver a corda ceder sempre para o mesmo lado, acabei por soltá-la para ver se o nada que largava e o nada com que ficavas nos faziam falta.
 
3. Das Faltas de Respeito (provenientes de quem acha que o centro do mundo é o próprio umbigo)
Estou cada vez mais certa que ninguém o faz sem querer. E grande parte do que lhes é apontado como "defeito" é visto por eles como algo muito especial e que os torna únicos, por isso continuam a agir assim.
Os que têm alguma coisa útil na cabeça só começam a aperceber-se que talvez devem rever comportamentos se começares a estar com eles da mesma forma como eles estão contigo.
 
4. Da Saturação (devido aos excessos de convivência e de ausência)
Este ano, deixei de procurar muitas pessoas com quem tinha o costume de estar, mesmo que de forma intermitente, porque dei-me conta que o balanço dos últimos anos, no respeitante a iniciativas de encontros concretizadas, pendia fortemente para o meu lado.
Foi interessante perceber que mais de 50% dos visados nunca mais deu sinal de vida, que consigo contar pelos dedos de apenas uma mão os que conseguiram arranjar tempo para estar comigo, mas que já não tenho esta mesma facilidade para contar aqueles que ficaram pelas boas intenções e amuados porque receberam respostas à altura dos seus comentários egoístas, típicos de quem está sempre à espera que sejam os outros a fazer tudo: "anda desaparecida a menina", "vê lá se liga para combinar qualquer coisa?", "esqueceu-se dos amigos?"

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Rescaldo de 2012

Agora que passou mais de um mês desde que 2012 chegou ao fim, acho que é um bom momento para fazer um balanço sobre o ano.

2012 foi um ano de muitos altos e baixos.
 
Há degraus que não devemos deixar de galgar
 
A título pessoal a saúde vacilou e fez com que psicologicamente também me fosse abaixo. O coração entrou no batimento acelerado da paixão, mas voltou à sua batida regular.

No trabalho foi um ano de estabilização, o que não significa de realização, mas fui buscando e encontrando motivação para continuar na lufa-lufa diária.

A família, por intermédio da senhora minha mãe, foi pregando valentes sustos, que me vão forçando a render à evidência que vai ser cada vez mais assim.

As amizades foram uma caixinha de surpresas ou, se calhar, deu-se a revelação há muito camuflada pela minha constante mania (iniciativa) de as alimentar e que este ano esmoreceu.

No fim de contas, apesar de me ter parecido que envelheci uns 10 anos neste último ano, por tantas preocupações, mau estar físico e cansaço, não posso deixar de ficar contente por ter passado por 2012. Afinal de contas, ainda estou viva e recomendo-me.

Sim, andei meio perdida, mas consegui voltar a encontrar-me.