quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Brincadeiras Parvas

No burgo onde labuto, há um grupo de colegas que quando não tem nada para fazer "diverte-se" a criar anúncios para adultos e a publicá-los em sites de classificados.

Claro está que, para a brincadeira ter mais "graça", disponibilizam para contacto os números de telemóvel uns dos outros.

Por isso, a ver se me lembro que não convém, NUNCA, JAMAIS, EM TEMPO ALGUM, dar-lhes os meus contactos.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Essencialmente, É Isto



Há uns dias descobri que os meus amigos andam preocupados comigo. Sentem-me ausente e distante quando estou com eles e, pior que tudo, não me vêem a gastar dinheiro a comprar as coisas que, normalmente, gosto*.

Sei que ando um bocadinho a leste do paraíso e com falta de vontade de me mexer, mas atribuo-o ao cansaço e à falta de paciência que de momento me invade**. Para além disso, de momento, o grupo de amigos com o qual mais me dou anda a passar por uma dinâmica meio tóxica.

Andam todos, de uma maneira ou de outra, frustrados com o rumo que áreas distintas das suas vidas andam (ou não andam) a seguir. Depois quando nos juntamos, em vez de tentarem pôr, minimamente, de lado estas frustrações, não. Trazem-nas para os nossos convívios e isso leva a que passem a maior parte do tempo a degladiarem uns com os outros quem é que está mais down e a precisar de atenção.

Claro está, que em vez de ter um par de horas descontraídas e bem passadas, em que se debatem parvoíces e assuntos mais sérios, vejo-me num campo de batalha em que todos falam mas ninguém se ouve. Já que assumem comportamentos que roçam a falta de respeito mútuo, o egoísmo, a birra e o amuo infantis***.

Assim, a pouca vontade que arranjo para estar com eles acaba por desaparecer no momento em que começam as trocas de galhardetes de "Eu estou pior do que tu", "És sempre a mesma coisa." e "Temos que fazer isto assim ou assado, senão não faço". Ao vê-los em picardias imbecis que magoam, a quererem só fazer as coisas à sua maneira e a quererem ter razão por tudo e por nada, deixa-me triste. Por isso, para não me intoxicar com estas más energias, acabo por me recolher no meu canto e deixá-los na sua conversa de surdos. E vou dizendo, sem nenhum deles me conseguir ouvir, claro!, que não percebo porque insistem em marcar encontros em grupo, já que só querem fazer as coisas à maneira deles e andar constantemente de costas voltas.

Depois alguns deles estranham quando eu digo que ando a precisar de conhecer gente nova que me faça voltar ao básico (isto é, com a qual não haja qualquer necessidade de partilha de bagagens e lixos tóxico-emocionais)****, porque esta nossa família disfuncional anda a dar comigo em louca.



* Está visto que sempre fui uma consumista fervorosa e nunca me tinha dado conta
** Ainda não tive direito a gozar nem um  dia de férias. Mas já faltou mais para isso
*** Ao ponto de se esquecerem que as respostas a um convite são um simples "Sim, obrigada." 
ou "Não, obrigada", não o "Não podia ser uma coisa/sitio melhor?", "A escolha é péssima.", "Programinha chatoooo!!!"
**** Muito sinceramente, acho que, a eles, isso também iria fazer bem, para voltarem a ter os pés mais assentes na terra e deixarem de andar às voltas dos seus umbigos


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Li Por Aí...


(Diz o gato ao cão)

Não há humano que admita que está apaixonado.
Preferem fazer de conta que está tudo bem e que não há problema nenhum.
Já te expliquei isso uma vez, o outro nunca deve saber como o amamos.
Isso é uma regra não expressa, mas que todos respeitam. Senão estás tramado.*


Franke Scheunemann, Cão Procura Príncipe Encantado Para Dona Espectacular



* Aceito que, inicialmente, haja alguma reserva, e até mesmo receio, em mostrar o que se sente. Mas se passarmos a vida toda a esconder os sentimentos que temos pelos outros como poderemos viver uma relação verdadeiramente?

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Conversa Entre Amigos Em Noite de Copos


Amigo - Sabes? Estou a precisar de umas noites de sexo puro.

Eu - Percebo-te. Às vezes também acho que preciso disso.

Amigo - Tudo sem compromisso. Meia dúzia ou dúzia e meia de cambalhotas e, depois, amigos amigos, gostei muito deste bocadinho...

Eu - Principalmente porque foi curto.

(Gargalhada geral)

Amigo - Hoje ao jantar estive quase a propor à N uma cambalhota destas.

Eu - E não fizeste porquê?

Amigo - Pois não sei. Ao fim de 3 copos de vinho pensei: 'devo estar a alucinar com o álcool'.

Eu - Toldados pelo álcool estas propostas fazem e deixam de fazer sentido no mesmo instante. (sorri-lhe)

Amigo - hum, hum...

Eu - Mas se ainda estás a pensar nisso devias ir propor-lhe isso.

Amigo - Eh pá! De momento estou com preguiça de me levantar. O álcool já começa a pesar.

Eu - Ok. Eu sei perfeitamente que enquanto não deitar este copo abaixo e não tiver sede de outro não me levanto daqui, mesmo já sentido o cú completamente quadrado. A noite está óptima e o álcool está a correr livremente pelo sangue. É só curtir!

Amigo - Wiiiiiiiiiiiiiiii! Estamos bem, nós.

Eu - Sim, estamos. É isso que se quer de uma noite entre amigos.

(E desmanchamo-nos a rir)

Amigo - Sim. Agora voltando à conversa e tu?

Eu - Eu o quê?

Amigo - Não estás a precisar de umas cambalhotas?

Eu - Se calhar estou, mas assim que tenho este pensamento, vem logo outro a seguir: estou mas é a precisar de uma coisa mais na onda do afecto adolescente que, para além de, alimentar sensações também alimente sentimentos.

Amigo - Pois...

Eu - Mas mais do que isso, preciso de conhecer pessoas novas, de estimular a descoberta e de uma noite salseira para matar as saudades de dançar.

Amigo - Nisso não te posso ajudar. Não tenho ninguém, de momento, que te possa apresentar e salsa, já sabes, não é a minha onda.

Eu - Ya.Tenho que ser eu a socializar.

Amigo - Sim. Agora vou ver se me levanto que tenho que ir à casinha.

Eu - Boa sorte!

Amigo - Precisas de um refill?

Eu - Ainda vou a meio, pá!

Amigo - Ok! Volto já.

O amigo voltou, assim como esta e outras conversas. O spot ao meu lado esteve bastante concorrido e eu, entre um gole de bebida e uma baforada nos cigarros que ia cravando, fui alimentando conversas pela noite fora (ora a dois, ora a três, ora a quatro. Quer amigos quer desconhecidos).

domingo, 4 de setembro de 2011

Pequenas Confissões




1- Todas as noites quando vou dormir dou a mim mesma um beijo de boa noite e desejo-me uma noite feliz.

2- Quando passo um bom momento com alguém, ao despedir-me, agradeço com um "Gostei muito deste bocadinho... Principalmente porque fui curto."