terça-feira, 29 de abril de 2008

Como Despachar Uma Folga Em Três Tempos

1. THE DAY BEFORE:

- Trabalhar até depois das 11h da noite;

- Chegar a casa, perto da meia-noite, e perceber que não se tem como entrar. As chaves ficaram no trabalho;

- Regressar novamente ao trabalho para buscar as chaves de casa, ser gozada pelos que ainda lá estão e chegar a casa de madrugada completamente K.O.



2. THE DAY:

- Acordar, muito depois do meio-dia, cansada depois de uma noite mal dormida;

- Chegar ao final da tarde com a sensação de ter sido atropelada por uma frota de camiões TIR, pois mais de dois terços do dia foi ocupado com ataques de espirros;

- Ir dormir com uma gigantesca dor de cabeça, consequência dos ataques de espirros.



3. THE DAY AFTER:

- Acordar com a mesma dor de cabeça do dia anterior;

- Continuar com a sensação de ter sido atropelada pela frota de camiões TIR do dia anterior;

- Perceber que volto o inferno: para além de ter começado uma etapa de 9 dias de trabalho non stop, estou mais cansada do que antes da folga.



POR ONDE ANDA O MEU MERECIDO DESCANSO?!?!?!?

terça-feira, 15 de abril de 2008

Contado... Ninguém Acredita

Parece impossível, mas é verdadeiro.

Quando me lembro de contar algumas das minhas aventuras, grande parte do pessoal fica meio aparvalhado. Há quem diga que não percebe como é que a mim me acontece tanto absurdo e até certo ponto eu já aceitar como normal.
Bem, não é bem eu considerar normal as coisas que me acontecem, é mais eu já não me espantar com tanta anormalidade que vai acontecendo no meu dia a dia.
Para introdução a mais um episódio, no mínimo desagradável, acho que já é suficiente.
Vamos lá à história que é o que interessa.

Há dias, após mais um dos meus pequenos passeios matinais, estou, feliz e contente, a regressar a casa, quando vejo um homem (acho que chamá-lo de homem é bom de mais, mas dado o adiantado da hora e a minha falta de paciência para mais, fica o elogio não merecido) a caminhar na minha direcção, com um ar idiota até à última casa, que começa a cantarolar em voz alta:

- Eu gostú muitxo dxi vê sua bundxinha lindxa (vai com sotaque para não fugirem do original)

Bem sei que não é nada de mais. O idiota pode ter ficado com esta música no ouvido, deu-lhe uma coisinha má e lembrou-se de cantarolar (pensei eu na minha humilde inocência).
Quando está mesmo ao pé de mim, já não bastava o desafina cantarolar, não vai de modos.

PAAAAAAAAAAZZZZ!!!

Então não é que este mentecapto se lembra de levar a mão imunda até ao meu belo traseiro. Assim sem mais nem menos apalpa-me.


Eh pá, tudo menos isso! Suporto tudo menos isso! - disse para mim nos escassos milésimos de segundo que antecederam a minha transformação para o Self-defense mode.
Digo-vos já que tenho medo quando chego a este ponto. É que fico cega e não meço as consequências dos meus actos.

Mas pronto, desta vez fui soft. Só enfiei uma murraça no focinho da besta quadrada.
Nada de mais.


E ele também deve ter achado o meu murro coisa de menina, pois, embora agarrado ao queixo, ainda se foi embora a bramir:

- Lindxa eu gostú dxi você, más gostava mais si você não fumassi.

Bem, para me conter e não ir a correr atrás do gajo, contei até 100 em japonês, ainda mais rápido do que quando entrei em Self-defense mode, e só o gritei:

- VÁ PÓ CA-RA-LHOOOOOOOOOOO!

Há coisas fantásticas, não há?
Mas esta não é certamente.

Não percebo porque é que me continuam a surgir tantos duques e cenas tristes. Este jogo parece estar viciado.