quarta-feira, 31 de março de 2010

O Meu Pequeno Vício

Bom dia,

Chegou o dia.

Depois de algum tempo a esconder, chegou o momento de revelar o que muitos já suspeitavam.

Tenho que comunicar que sou alcoólica.

Procurei a forma mais simples, rápida e económica para pedir ajuda e achei que comunicar a tod@s @s amig@s através de e-mail seria a melhor forma para resolver este meu problema.

Mas tenho que começar por contar-vos a história desde o início, começando por dizer as causas que levaram-me a cair neste vício.
Na verdade, tudo isto foi e está a ser muito difícil, por isso, peço a vossa ajuda e compreensão, mesmo sabendo que poderá não ser muito bom pedir-vos.



Mas comecemos com a história. Foi assim que eu caí...



Primeiro passo: o Camareiro convida-te para beber algo



Segundo passo: Um jovem no bar da praia propõe-te outro copo. O que vais dizer-lhe? Que não?



Terceiro passo: Com o andamento que ganhaste já te servem a bebida na bandeja, para continuares a beber



Quarto passo: O que vais fazer? Pois! Seguir o ritmo.



Mas maioritariamente, tenho que confessar que a culpa para o meu vício recai em cima de uma pessoa.



Cristinho Lordinho! Por favor, tragam-me um daikiri.

Músicas Que Dão-me a Ouvir... (5)

E de que eu gosto!


# Dean Martin - That's Amore



# Fiona Apple - Why Try To Change Me Now



# Damien Rice - Rootless Tree



# Kanye West ft. Dwele - Flashing Ligths



# LL Cool J ft. Jennifer Lopez - Control Myself

terça-feira, 30 de março de 2010

Celebrating





Descobri agora que a 7 deste mês aqui o meu cantinho vez 3 anos. Mesmo com muitos altos e baixos, muita ausência e falta de atenção está crescido e com juízo.

É pena que não possa dizer o mesmo da Mariza (P.Gira).

segunda-feira, 29 de março de 2010

Uma questão de Genealogia (Será?)

Uma miúda de 5 anos perguntou à sua mãe:

- Mamã, como é que se criou a raça humana?

A mãe respondeu:

- Deus criou Adão e Eva e eles tiveram filhos, netos, bisnetos e assim se foi formando a raça humana.

Dois dias depois, a miúda fez a mesma pergunta ao pai. E o pai respondeu:

- Há muitos anos existiram macacos que foram evoluindo até chegarem aos seres humanos que vês hoje.

Toda confundida foi ter com a mãe e disse-lhe:

- Mamã, como é possível que tu digas que a raça humana foi criada por Deus e o Papá diga que a raça humana resultou da evolução a partir dos macacos?

A Mãe, depois de pensar um pouco, respondeu:

- Olha, minha querida filha, é muito simples. Eu falei-te da minha família e o teu pai falou da dele!

quarta-feira, 24 de março de 2010

Músicas Que Dão-me a Ouvir... (4)

E de que eu gosto!



# Leroy Hutson - So Nice



# The Coasters - Down In Mexico



# The Doors - Light My Fire



# Nina Simone - Feeling Good



# Aswad - Dub Fire

segunda-feira, 22 de março de 2010

Conversa Estranha Entre Estranhos

Depois do jantar procuro um canto no exterior da esplanada coberta para calmamente desfrutar de um cigarro.

Na rua não se vê quase ninguém, no entanto oiço, sem conseguir ver quem seja, alguém num desabafar atormentado sobre as certezas e as incertezas que a vida lhe trouxe e o ponto em que se encontra: perdida.

Sorriu, enquanto inalo o fumo do cigarro, meio perdida entre o serpentear que a chama laranja do seu fogo vai desenhando ao queimar e o pensamento que me assalta: Olha mais uma!

Sem querer este pensamento foi verbalizado e pelos vistos demasiado alto, pois do canto oposto ao que me encontro, onde apenas vejo brilhar um ponto laranja de um outro cigarro, ecoa uma voz masculina.

- E você?
- Está perdida ou a perder-se?

Quando volto a mim e percebo que é a mim que se dirige, sem fazer qualquer intenção para se mostrar, mantendo o sorriso que se reflecte na voz, respondo:

- Melhor do que isso, estou a aceitar-me como sou.

- Como se faz isso? - pergunta quase em urgência.

- Um dia de cada vez e dando mais ouvidos a nós próprios do que aos outros que julgam saber mais de nós... Isso já é um começo.

E após uma breve pausa continuo:

- Ah! E se isso não resultar, uma ou duas vezes sem exemplo, com um copito de álcool.

- É... Um Whisky parece mais fácil. - responde sorrindo.

- Olhe que não, olhe que não. - replico em tom trocista - Às vezes é bom obrigarmo-nos a ver-nos e  não somente a olhar-nos.

- Pensamento assustador. - dispara prontamente.

- Tem tanto de assustador como de revelador. A verdade é que procuramos quase sempre manter-nos ocupados para não haver muitas oportunidades de vermos sem filtros.

- Parados poderemos tornar-nos reaccionários...

- Há quem acredite ser suficiente passar a vida inteira só a olhar-se.

- E você? em que acredita?

- Acho que mais do que acreditar passo por fases. O ver assusta-me, mas desvenda-me sempre um pouco mais de mim.

- Hummm...

- o Olhar é confortável, dá um falso equilíbrio.

- Hummm...

- De momento ando numa fase de speed dating com o ver, porque para mim, cada vez mais, acho que olhar não me basta.

- Hummm... Interessante.

-Sim?

- Sabe? - denoto uma mudança de tom que não consigo distinguir se trocista ou sedutor - Estou a construir uma imagem confortável de si...

Exalo o fumo do cigarro que dei como terminado e enquanto tento matar o burrão para, igualmente, dar como terminada a conversa que nesta altura já não me seduz, acrescento:

- Isto que viu é só um pouco de mim.

Saio do meu canto e volto para o interior aproveitando a boleia de um grupo de pessoas que entretanto chegou.

domingo, 21 de março de 2010

A Primavera...








Finalmente chegou!

Hoje tive a oportunidade de sentir o cheirinho a praia em cenário de pôr-do-sol.

E foi bem bom :)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Cheia de Vontade e...

... Saudades de estar simplesmente assim...


quarta-feira, 17 de março de 2010

Músicas Que Dão-me a Ouvir... (3)

E de que eu gosto!


# Smoke City - Underwater Love



# Tom Jobim e Elis Regina - Águas de Março



# Djavan - Nem Um Dia



# Caetano Veloso - Sozinho



# Gal Costa - Trem das Onze

Devaneios

Espera por mim.
Dá-me um pouco mais de ti.

Olha-me nos olhos.
Desarma-me.

Liberta-me para o sentir.
Leva-me ao incómodo.

Faz-me sorrir.
Procura o meu eu verdadeiro.

Esqueço o tempo.
Guardo a imagem.
Penso em ti.

A imagem que fica?
Ver-me em ti, ver-te em mim.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Músicas Que Dão-me a Ouvir... (2)

E de que eu gosto!


# Cameo - Flirt



# Janis Joplin - Mercedes Benz



# Universal Robot Band - Dance And Shake Your Tambourine



# Muallem feat Shawn Lee - Cheerleader (Phreek Plus One Cosmic vox mix)



# Isaac Hayes - Hung Up On My Baby

segunda-feira, 8 de março de 2010

Hoje...

... em menos de um segundo, o meu coração ficou assim...


 ... apertadinho. E assim ainda permanece.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Sugestionados?

Quanto do que já vivemos pode influenciar o que fazemos? Muito, pouco, nada?

Percebo pelo que experiencio que há sempre uma influência do passado naquilo que fazemos. Acabamos sempre por fazer comparações em situações que nos parecem familiares com outras passadas.

Aliás somos educados, vão nos ensinando e vamos aprendendo a fazer ou deixar de fazer isso, aquilo e aqueloutro, porque leva a que aconteça determinada consequência que poderá ser nefasta ou trazer-nos algo de positivo. Optamos por fazer ou deixar de fazer determinadas coisas muitas vezes porque nos dizem que já aconteceu algo a outro, porque já o fizemos noutra ocasião e deu em algo que nos surpreendeu ou simplesmente porque é / não é assim que se faz.

Quando o resultado das nossas acções é positivo somos exultados, venerados e até invejados. Quando, pelo contrário, o resultado não é agradável somos desprezados, criticados e até apontados como sendo aquele que nunca aprende.

Em qualquer dos casos tornamo-nos exemplos: do que fazer e do que não fazer.

Senso comum, sentido prático, inteligência, aprendizagem, todos pensam e alguns dizem e sempre em tom dogmático.

Contudo pelo que oiço e pelo que vejo, a aceitação da influência do passado no que fazemos não é tão linear, principalmente quando o que vemos os outros fazer vai contra o que consideramos ‘aceitável’. E no ‘aceitável’ não entram os actos considerados anormais, simplesmente pontos de vista diferentes ou comportamentos desviantes do socialmente praticado.

Nestes casos, normalmente, surgem de imediato vozes de discórdia que dizem que o passado, aquilo que vivemos, que aprendemos e que nos ensinaram, não nos define como pessoa e não pode ser desculpa para o que fazemos agora. Que podemos ser ‘melhores’ do que aquilo que somos, pois conseguimos tirar sempre algo de positivo mesmo do negativo, mais não seja o que não fazer.

Sim há algo de certo nisso, claro que há. Principalmente, se estivermos a usar o passado como desculpa para minimizar o que fazemos e desresponsabilizar-nos das consequências.

No entanto, quando assumimos que o que fizemos foi consequência do que vivemos, que achámos esta forma de agir correcta e apeteceu-nos, assumindo e aceitando as consequências que dai advêm, não é válida esta argumentação.

Acho que o problema maior que se coloca é que temos tendência a julgar os outros pela mesma bitola que julgamos a nós próprios e que muitas das vezes que alguém faz determinada coisa ou age de determinada maneira que não a nossa isso constrange-nos. Muitas vezes não por ser errado, mas, pura e simplesmente, porque não conseguimos e não fazemos o mesmo, muito mais, por medo do que os outros vão pensar de nós, por medo de sermos ostracizados e apontados, pois não está dentro do parâmetro da normalidade social, do que propriamente por ser errado.

E também porque mais vale gozar / julgar / criticar os outros do que vir a ser gozado / julgado / criticado.

Eu continuo a achar que a partir do momento que deixarmos de ver os outros com os nossos olhos, que conseguirmos realmente colocar-nos no seu lugar, aí sim vamos aprender a desfrutar e a aceitar a diferença e, claro está, vamos deixar de desiludir-nos com os outros. Pois deixamos de os ver à nossa imagem e semelhança e passamos a vê-los como realmente são.

Músicas Que Dão-me a Ouvir... (1)

E de que eu gosto!


# John Mellencamp - Hurts So Good




# Ben E. King - Stand By Me



# Moody Blues - Nights In White Satin



# Q-Tip - Blue Girl



# Swing Fever

Hábitos Quebrados

Entre um chá e uma torrada, remetida à cumplicidade que o silêncio não mascara, oiço-a falar, oiço-a divagar.

Apenas pretendo isso. Aliás, sei que ela também pretende isso. Os anos de prática levam-me a ter esta certeza.

Por isso, quando em modo automático começa o seu monólogo eu, simplesmente, respiro fundo e vou registando mentalmente o que diz:

"A minha vida está parada e eu pouco ou até mesmo nada faço para alterar isso. Brinco com ela como se ainda não soubesse que o tempo não pára e que tudo tem um tempo próprio.

Sinto que preciso envolver-me mais na minha vida. Tenho que deixar de queixar-me do que vai mal e tenho que começar a fazer algo para mudar, para melhorar o que supostamente precisa ser melhorado.

Passo a vida a dizer que quero mais do que aquilo que tenho, mas nada faço para obter aquilo que quero.

Sinto-me sem forças, sem ânimo e sem motivação para agir. Encontro-me e reencontro-me num constante adiar.

Sinto-me triste e vazia por não conseguir encontrar nada ou alguém que ache possível acreditar.

Perdi a fé em tudo e acho que não vale a pena esforçar-me para obter algum momento de felicidade.

A qualquer momento tudo pode acabar. A minha vida pode acabar. E isso dá-me medo.

Não percebo porque temos de ter a consciência exacta do nosso fim. Não percebo porque não consigo viver livre e abertamente, sem ser constantemente invadida por este pensamento que tornou-se paralisante."

Nesta fase do seu discurso, em que construir trilhos com as migalhas da torrada já não é suficiente para conseguir dissimular o formigueiro que aquilo que oiço causa-me, solto o meu pensamento:

"Acho que devias ficar mais motivada a agir com esta certeza do fim. Acho que seria a atitude mais normal e seria a atitude que eu gostava de ver-te assumir."

O silêncio agora é imposto pelo olhar. Pelo meu, que não se coíbe de procurar o dela, e muito mais ainda pelo dela, que pela primeira vez desde o início da conversa passou a ver-me.

Tentamos perceber por que motivo o nosso ritual de chá e torrada, em que o meu papel se cinge ao egoístico ouvir em silêncio e o dela ao egocêntrico falar, reflectir e divagar, foi quebrado.

Mais um dia. Mais uma moedinha, mais uma voltinha.

Os dias passam incessantemente, sem apelo nem agravo, sem ver se a nossa vida merece tal continuidade.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Do Fim-de-Semana...

... Fica a certeza de uns momentos bem passados, pela companhia, pelos mimos e pela partilha.

Sim, efectivamente, já não me recordava do muito que certas coisa preenchem-nos de felicidade e prazer.