terça-feira, 21 de agosto de 2007

Strange People

Há pessoas mesmo estranhas. Que se julgam superiores às outras só porque têm mais idade, mais experiência, mais responsabilidade, mais poder e mais dinheiro.

Há pessoas que se julgam melhores que as outras porque têm melhores trabalhos, melhores carros, melhores presenças.

Por tudo isso, este género de pessoas pensa que pode espezinhar os outros, ofender os outros, maltratar os outros, ignorar os outros.

Para mim estas pessoas são frustradas, infelizes e burras.

Vivem de aparências e de conveniências. São aquilo que lhes convém ser, mas nunca são elas mesmas. Vivem numa realidade forjada. Desiludem-se por cada ilusão que criam e vivem sempre uma ilusão desiludida.

São sanguessugas, vivem na sombra daqueles que idolatram, sempre buscando a luz que os outros projectam. São incapazes de criar a sua própria luz, de desenvolver e mostrar a sua personalidade.

Não tem opinião formada sobre nada, embora tudo o que digam seja com grande convicção. Mudam de ideias tão depressa como pestanejam. Sem darem conta dizem sim ao que anteriormente disseram não e não se lembram disso. O que lhes interessa é o imediato, o aqui e o agora. O que disseram e fizeram há meio minuto é passado e como tal já não é verdade, já não é notícia e já foi esquecido.

Olho para elas e só me apetece fugir. Não têm conteúdo, são ocas de tão vazias e superficiais. Não sabem aproveitar a vida. Vivem sempre preocupadas com o que os outros acham, com o que os outros têm e com o que os outros pensam.

Têm medo de causar má impressão. Têm medo de errar. Têm medo de cair no ridículo e de ser criticadas pelos que são iguais a elas.

Têm medo de tudo e de todos, mas não têm medo do pior: não viver tudo aquilo que querem e que podem; não enfrentar desafios e aventuras novas e revigurantes a cada dia; não ter surpresas nem o prazer de ver alguém surpreendido, alegre e descontraído com um gesto seu, com uma palavra sua ou com um simples olhar.

São das tais pessoas que não conhecem o poder dos sentimentos, que não conhecem o poder dos sentidos, que não conhecem o poder da própria vontade. Não conseguem construir o seu próprio caminho. Não conseguem transformar o mau em bom, nem o mal em bem.

São pessoas estranhas que de dia para dia parecem multiplicar-se à velocidade da luz. Como se existisse alguma coisa no ar que as impossibilita mudar e ver o que a vida pode dar de melhor.

Não quero dizer com isso que para as pessoas que são mais humildes, mais humanas, mais respeitadoras e centradas, a vida só mostra coisas boas (isto é ilusão). Mas, acredito que, abre sempre uma janela, mostrando outra perspectiva, cada vez que algo de mau parece fechar uma porta. Estas pessoas são mais positivas e por isso encaram de uma forma mais natural os percalços da vida. Conseguem concentrar-se naquilo que querem e arranjam alternativas para o conseguir.

6 comentários:

  1. Olha... com toda a certeza por motivos diferentes, mas... tiraste-me as palavras da boca!

    Há pessoas que realmente são ocas e alimentam-se da vida dos outros. Constroem e tentam transmitir uma realidade que não é a delas e convencem-se tanto disso que, ás tantas, já tomam as suas mentiras por verdades absolutas.

    Bom...nem vou continuar... é impressão minha ou anda tudo zangado por aqui??

    Bjs

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  2. a vida é dificil para todos , mas infelizmente parece que para esse tipo de pessoas tudo corre melhor, talvez porque estão tao habituados a fingir e mentir que basta imaginarem outra realidade que não a deles...jinhos gds
    RENASCIDA

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  3. Ana:

    Tudo Zangado?!? Acho que não. É só conversas e convivências em conjunto que nos levam a tirar as mesmas conclusões.

    Bjkas

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  4. Renascida:

    Não é uma questão de a vida se apresentar mais fácil ou mais difícil. A diferença é que uns encaram as dificuldades que surgem e outros tentam escamuteá-las, fingindo que conseguiram superar.

    Bjkas

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  5. O mais importante é mantermo-nos fiéis aos nossos princípios.
    A maldade dos outros que fique com eles... olha em frente com um sorriso nos lábios e esquece a loucura alheia.

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  6. Magnólia:

    Pois seria fácil de fazer se a maldade e a loucura alheia não me andassem a perseguir. Mas claro que já aprendi a distanciar-me o suficiente para não cair nas suas garras LOL

    Bjkas

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