quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

S.O.S.


A precisar urgentemente de um ombro amigo que amenize a angústia que vai cá dentro, que me tranquilize com um olhar e me aqueça com um sorriso.

Que me ampare num abraço enquanto me puxa à terra, dizendo que preciso dormir já que ficar acordada, noite após noite, não faz parar o tempo e muito menos impede o começo de um novo dia com todas as suas responsabilidades.

Acima de tudo, estou a precisar de um ombro amigo que me garanta que tudo vai correr bem.


10 comentários:

  1. Seja o que for que te esteja a angustiar, espero que consigas superar. Mais vale teres a consciência de que, quer queiras quer não, o novo dia está aí - portanto mais vale lutar - do que esperar que ele não venha.

    Coragem...e desejo que tudo corra bem.

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  2. No fim, tudo sempre corre bem...
    ...nem sempre como idealizavamos ou como queriamos...
    ...mas quando o tempo dá a distância devida, na maior parte das vezes descobrimos que o velho ditado está certo:

    "Há males que vêm por bem...)

    :)

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  3. E pode correr mal?

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  4. Decisões, decisões, decisões...

    Algumas levam ao desespero, principalmente quando deixamos que uma ponta de incerteza na escolha nos tolde o raciocínio.

    Esta situação, definitivamente, não está a ir pelo caminho idealizado, o que não significa que esteja ou possa vir a correr mal.

    A chatice é que a situação foi-me 'vendida' de uma forma que me levou a criar expectativas que foram defraudadas ao serem confrontadas com a realidade. O que me foi 'vendido' e a realidade têm muito pouco a ver.

    Tudo isto me traz novo dilema: se, agora, estando ao corrente da realidade pura e dura da situação haverá da minha parte vontade e querer para ficar ou se vou mesmo saltar fora e buscar novo projecto.

    Indecisões, indecisões, indecisões...

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  5. Não sabendo de que se trata o produto que te foi "vendido", se esse não te agradou, tal como nas compras, podes sempre devolvê-lo e até fazer uma reclamação pelo "engodo" a que foste sujeita.

    Mas o problema é quando nos habituamos a certos produtos,por exemplo umas calças que nos ficam super bem mas que são apertadas e causam desconforto e mesmo assim a tendência é vesti-las.
    Não sei se me fiz entender.

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  6. Martini, imagina-te insatisfeito com as últimas calças que tens, porque já não aguentas o desconforto do aperto.

    Agora imagina que uma das pessoas que sabe disso, apresenta-te outras calças, tailor made, em que quase tudo o que têm faz os teus olhos brilharem de felicidade. A oportunidade que já andavas a pensar começar a procurar cai-te do céu.

    Depois de pesares os prós e contras lá decides arriscar, despindo e deitando fora as calças que te andavam a apertar. Vestes as novas, nos primeiros 2 meses sentes-te como se fosses a única bolacha do pacote, já que as calças assentam que nem uma luva e foi por isto que sempre lutaste.

    No final destes 2 meses, há necessidade de fazer uns acertos às calças, porque o seu criador acha que elas podem ficar ainda mais perfeitas. Meio renitente, por não poder ser-te revelado antecipadamente quais os acertos, lá entregas as calças. Quando voltam a entregá-las, começas logo por sentir alguma dificuldade a vesti-las. Como é uma 2ª-feira dás um desconto, pode ser que tenhas abusado no fim-de-semana e estás inchado. Se calhar daqui a 1 ou 2 horas voltam ao que eram.

    Passam estas horas e nada. Aguentas até ao final do dia, depois mais outro e quando dás conta já lá vão 3 semanas e as calças, que visualmente, não sofreram qualquer alteração, deixaram de ser as calças iniciais.

    Abordas o seu criador, questionando se houve algum lapso no reajuste das calças, a resposta é não. Então perguntas se dá para alargá-las um pouco, novamente a resposta é um não convicto, o qual não dá espaço para qualquer outra argumentação.

    Uma vez mais, vais aguentando o desconforto das calças, na esperança que a situação seja apenas transitória.

    Quando te apercebes que as calças tailor made foram só para te fazerem ficar com elas, revoltaste e, mais uma vez, vais falar com o criador que te diz: pois, é isso que temos e não há lugar a troca ou reembolso.

    O sentimento de revolta amplifica o desconforto e agora tudo aperta, as calças, os sapatos, a camisa, o casaco, o lenço à volta do pescoço e o relógio de pulso (que até não usas).

    Em estado de desespero todos os dias acordas a pensar que tens que te libertar de toda esta roupa. Começas pelo lenço à volta do pescoço, depois passas para o relógio e a seguir começas a usar camisas e casacos mais largos, só as calças (que é o que realmente te aperta) é que não consegues mudar. Portanto, o desconforto mantém-se.

    Quatro meses depois do início desta aquisição, estás novamente a pesar os prós e os contras. Desta vez, para ver se arriscas mandar tudo ao ar. O teu lado emocional não pensa duas vezes, é para bater com a porta. O teu lado prático e racional lembra-te, constantemente, que, sim, não foi isso que te venderam, mas são estas calças que te permitem ter outras peças que te dão conforto, portanto mandar tudo ao ar só deve ser feito se conseguires ver se há outras calças no horizonte (situação que não se verifica no imediato).

    Posto isto, 5 dias por semana lá te obrigas, literalmente, a vestir as calças apertadas, para não perderes os confortos básicos, e ainda vais tentando arranjar força anímica para procurar um novo par de calças. A chatice é que nem sempre o ânimo (que nesta fase achas que já não existe) está lá.

    Gostas deste cenário? Eu não.

    Para além de não gostar do desconforto de andar com calças demasiado apertadas, quando sei que me foram vendidas ao engano, não sou a melhor pessoa para fingir que estou bem com quem me enganou. Tanto porque não tenho jeito como também porque não o quero ter.

    Sem contar que quem está de fora acha que eu estou a ser demasiado orgulhosa, porque o engodo tem a ver com as funcionalidades das calças e não com as suas contrapartidas e regalias.

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  7. (Boquiaberto) Realmente não estava à espera de uma alusão tão forte acerca da compra de umas calças e assim teço umas breves considerações:

    - Quem te sugeriu as calças, conhecia já a sua visibilidade mas provavelmente o seu desconforto também e não te chamou à atenção sobre esses defeitos. Merecia uma chamada de atenção, no mínimo.

    - Estás a querer enganar o teu lado emocional, sabendo que essas calças não te dão conforto, mas que por outro lado são úteis na conjugação com outras peças. Ficam bem com qualquer coisa e talvez proporcionem outras mais, as quais não queres perder.

    - Porque não pode haver lugar para troca ou devolução, segundo o criador? Terás de o indemnizar? Nunca mais poderás entrar nessa loja nem que seja só para olhar para a montra caso o fizeres?

    Última mais mais importante:

    - Serão necessárias outras calças, sejam elas de que marca forem, para que possas deitar essas calças fora? Não sobreviverias uns tempos sem calças? Serão mesmo necessárias umas calças nesta fase? Que tal uns tempos a usares saias e vestidos, entretanto, até que te dê uma vontade enorme de voltar a loja e comprares umas calças as quais foi amor à primeira vista, vindas de uma coleção que acabou de chegar ao mercado?! :)

    Muito genericamente, acho que essas calças proporcionam-te muitas outras peças, que definitivamente não queres abdicar, e o problema é mesmo as calças que te dão e tiram ao mesmo tempo. Todo o crédito exige um débito - lei numero 1 das lojas, e talvez tenhas a consciencia que se perderes as calças, perdes as peças todas.

    É uma prova de fogo, da qual terás de ser forte e pensar e que caso queiras mesmo livrar-te dessas calças tem de ser com esta atitude "vão-se os anéis, mas ficam os dedos" e sem pensares em outras calças substitutas.

    Bjs

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  8. De quando em vez estico-me nas palavras, o que acaba por dar grandes narrativas (sendo que algumas acabam por deixar de fazer sentido) :)

    Quanto às tuas considerações, embora estejas muito a apanhar do ar, não estão muito longe daquilo que se passa.

    A pessoa que me vendeu a situação e o criador são a mesma, por isso não lhe conveio identificar os defeitos. Dentro da casa mãe a que o criador pertence, quem manda anda meio em desacordo, portanto anda cada qual a puxar para o seu lado, o que também não ajuda muito e explica, em parte, o porquê de não haver lugar a troca. A devolução implicará mesmo cortar a relação 'comercial' que temos: 'Adeus, um beijo e um queijo.'

    Quanto à relação entre o meu lado emocional e ao meu lado racional está tremida, andam a esgrimir argumentos a tentar descobrir quem é o alfa :P Enquanto assim estiverem é me difícil tomar qualquer decisão que considere coerente, por isso, estou a dar espaço para apaziguar esta batalha interna.

    No que respeita às duas considerações finais que apontas como mais importantes, é a resposta às mesmas que, para mim, é a chave para resolver toda esta situação.

    Efectivamente, não haveria necessidade de haver umas calças de substituição, a curto prazo. Até porque as saias e os vestidos agradam-me e caem-me bem ;)

    Mas tendo em conta que a última vez que mandei tudo para o ar apoiada nesta perspectiva, andei sem calças cerca de um ano e meio (e na altura a conjuntura era bem melhor), a minha tendência agora é deixar esta hipótese para último plano. Daí ter à vista outras calças para usar antes de despir definitivamente estas também seja a alternativa que inconscientemente traz mais conforto.

    Tenho peças que não posso abdicar já que são fundamentais. As outras que me trazem conforto, mas que única e exclusivamente alimentam-me o ego, sei que consigo ir vivendo sem elas. São apenas hábitos e estes conseguimos mudar, é uma questão de esforço e dedicação.

    E sei que a decisão que tomar segue o pressuposto que dizes do 'vão-se os anéis, mas ficam os dedo' (mesmo eu que adoro anéis sei que os dedos são muito mais valiosos :P)

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  9. Já vi que nessa loja não te deixam optar por escolher outra peça e te manteres cliente, ainda que apenas para acessórios. Corte total na relação comercial. Não é muito agradável não.

    Eu por exemplo quando devolvo calças, ou mas devolvem :) tento manter uma relação de cordialidade com a loja, a não ser que ela não queira mesmo, e se não quiser o que não faltam por ai são lojas, algumas abertas até depois da meia-noite mesmo que possam ser de marcas piores.

    Vai daí que eu sou daqueles que prefere andar sem calças do que com calças desconfortáveis, excluindo alguns apartes durante essas fases; uma ou outra prova de calças nos provadores da loja :) só mesmo para verificar se me ficam bem ou pelo contrário serão desconfortáveis, mas que raramente acabo por compra-las. Prefiro as calças amor à primeira vista, que são caras e que me obrigam a guardar o dinheiro no mealheiro,e moeda após moeda, vejo ele a crescer até ao dia da sua compra. Muito mais valioso, na minha opinião.

    Bem, só espero que chegues a uma conclusão rapidamente, porque usar umas calças dessa maneira, com o tempo elas vão-se desgastando, vão perdendo a cor, as pontas começam a esfiapar, aparecem buracos nos bolsos, vão caíndo botões, e quando deres por ti estás com um aspecto pior do que imaginavas, porque entretanto perdeste a noção da moda habituada que estás aquelas calças. Também ocorrerá quando olhares com clarividencia para o lado na rua e veres algumas outras calças, mesmo sendo de uma marca menos prestigiada, mas novas, brilhante, sem defeitos de fabrico, e ainda por cima a um preço mais baixo e que te permitirá a facilidade de pagamento faseado, com hipótese de devolução em 15 dias caso não te agradem :)

    But it's up to you
    Wish you luck...

    PS: Estes códigos em outros tempos fariam com que a PIDE nos temesse :)

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  10. Conseguimos fazer de um desabafo uma dissertação e, quase de certeza que, também conseguimos encher mais do que um guarda roupa.

    Não é por acaso que dizem que a conversa são como as cerejas e que se me puserem uma parede à frente eu terei a capacidade de pô-la a falar comigo ;)

    Este código deixaria-os loucos e acabavam internados a tentar decifrá-lo :P

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