Hoje lá pelo burgo,
Destes 40 minutos, estive cerca de 15 a tentar explicar-lhe onde ficava a barra de endereços do browser (que para quem ainda não sabe não é a barra de pesquisa do google ou de qualquer outro motor de busca que por norma definem como página inicial), durante outros 20 a dizer-lhe letra por letra o endereço do site, e o tempo restante a tentar que a senhora carregasse na tecla ENTER para carregar a página e assim podermos iniciar a navegação.
Nesta fase, claro está, já tinha meio escritório a olhar para mim, atento à minha conversa. Sendo que em puro acto de desespero (já que a senhora não sabia realmente que tecla era esta, como também não sabia o que é um til e um acento circunflexo) acabei por tentar ir pelo caminho mais fácil e disse-lhe "É a tecla grande que fica ao lado da tecla três".
Quando percebi o que disse olhei, estilo reflexo condicionado, para o teclado numérico do meu PC para ver se era igual ao do telemóvel, que claro não é, e já não consegui manter-me minimamente séria e concentrada na chamada. Todos à minha volta só riam já que na cabeça deles chamei propositadamente a senhora de DEF.
Como mesmo com esta última explicação a senhora não conseguiu encontrar o ENTER perguntei se havia alguém por perto com mais experiência com computadores. Resposta: "A única pessoa que cá está é o meu marido e ele é que me pediu para fazer isso, porque não percebe nada e eu vou percebendo alguma coisa de computadores."
Depois de obter esta resposta e de todo este tempo que dediquei à senhora tive que sugerir que procurasse auxílio para ultrapassar esta dificuldade no posto de atendimento presencial onde lhe foram atribuídos os dados do acesso.
Claro está, fiquei o resto da tarde/noite de trabalho a pensar o
que se passa na cabeça dos colegas do atendimento presencial para
subscreverem este serviço a clientes que mal sabem ligar um computador,
quanto mais usá-lo. Será que não se apercebem do risco que tal representa?
Ela diz que vai percebendo alguma coisa de computadores? Ahahaha tipo, liga-lo apenas, não?
ResponderEliminarAna,
ResponderEliminarAcho que mesmo nisso ela vai tendo alguma dificuldade.
E está descansada que, infelizmente, não é a única com dificuldades desta natureza. Ontem tirando as últimas 3 horas finais de trabalho quase toda a gente com quem falei eram peças raras.
Houve até quem me dissesse que aproveitou para saber como é que o serviço funcionava, porque a noite ia ser longa já que estava a ajudar as vacas (ou cabras, já não me recordo ao certo a espécie animal) que estavam em trabalho de parto. Algumas estavam atrasadas e previam-se partos difíceis.
Ahahahaha levas com cada cromo!
ResponderEliminarPode ser que um dia conte a situação do cliente que fiz chorar
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