quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

P da Vida



Porque continuo a ser demasiado naif e crente nos outros.
(hoje só me apetece praguejar)

domingo, 24 de janeiro de 2010

Apontamentos

- Há uma atracção entre nós, não podes negar.

- Não nego, simplesmente procuro ignorá-la.

- Porquê?

- ...

sábado, 23 de janeiro de 2010

Aceite Num Olhar

Eu não procuro quem me compreenda, apenas e só quem em aceite.

Eu não procuro quem me idolatre ou tema, apenas e só quem me respeite.

Tenho defeitos, tenho feitios, vivo, penso e ajo de forma diferente. Eu sei disso e não o nego. Todos os outros também o fazem, por isso não me sinto menos do que ninguém.

Muito mais do que apontar o dedo ao outro e de imediato acusar com um isso não se faz, isso não se diz ou isso não se sente, prefiro dizer: ‘É engraçado, nunca pensei nisto assim.’ ‘Nunca disse isto assim.’ ‘Nunca senti nada assim.’

E o que mais me agrada ouvir do outro, após uma destas afirmações, é um surpreendido: ‘Não?!?!? Então como é contigo?’ E daí começar uma conversa, em que exponho o meu ponto de vista, porque sinto que sou ouvida, que à minha frente está alguém que interioriza cada palavra que digo e que, mesmo sendo o oposto do que sente, diz ou faz, no final esboça um sorriso que vejo ser sincero pois também transborda no seu olhar.

Não são precisas mais palavras para perceber que quem se apresenta à minha frente pode não me compreender e não ser por mim compreendido, mas aceitou-me como sou e sente-se aceite como é.

No final também eu sorrio.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Porque Gostei e Tem Muito de Verdadeiro

Morre lentamente quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem destrói o seu amor-próprio,
Quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem se transforma escravo do hábito,
Repetindo todos os dias o mesmo trajecto,
Quem não muda as marcas no supermercado,
não arrisca vestir uma cor nova,
não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem evita uma paixão,
Quem prefere O "preto no branco"
E os "pontos nos is" a um turbilhão de emoções indomáveis,
Justamente as que resgatam brilho nos olhos,
Sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz no trabalho,
Quem não arrisca o certo pelo incerto atrás de um sonho,
Quem não se permite,
Uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem passa os dias queixando-se da má sorte ou da Chuva incessante,
Desistindo de um projecto antes de iniciá-lo,
não perguntando sobre um assunto que desconhece
E não respondendo quando lhe indagam o que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves,
Recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior do que o
Simples acto de respirar.
Estejamos vivos, então!


Pablo Neruda

sábado, 16 de janeiro de 2010

Preocupada...

... Com a constatação que ainda faltam 7 dias de trabalho para terminar a semana, sendo que o primeiro dia (que na realidade será o terceiro) vai começar já, já, quando, possivelmente, ouvir o despertador tocar pelas 5h30...

Oh, I'm so lucky (NOT!!!)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Perspectivas

Life is not about waiting for the storms to pass...
It's about learning how to dance in te rain.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Beijo Roubado

Estou com vontade de cometer uma loucura, dizes-me enquanto seguras-me pelo braço e levas-me para uma zona menos exposta aos olhares que nos cercam.

Quando fixo os meus olhos nos teus, pressinto que o que foi dito não é o expressar de uma vontade que se pretende reprimida, mas de um desejo que se pretende partilhado.

O meu coração dispara na fracção de segundo que demoras a encostar-me à parede atrás da coluna que protege-nos, a enlaçar a minha cintura com um braço e, com a mão do outro, a prender os meus cabelos para marcares a tua intenção como inequívoca.

Sinto-me invadida pelo erotismo que na fracção de segundo seguinte libertas.

A intimidade deste instante começa quando os teus lábios tocam nos meus e a tua língua procura saciar a sua sede na minha e intensifica-se quando a nossa respiração acelera ao toque dos nossos corpos.

E quando este instante termina, mesmo sem nada dizeres, percebo que o nosso beijo escondido, apenas foi o afirmar do desejo que mais tarde foi consumido.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Espera

O tempo de desespero e inquietação da alma
entre a tua partida e a tua nova chegada.


Ou...


O compreender que o teu regresso
pressupõe a tua ausência (interminável).

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

...

Depois de uma abordagem inesperada numa paragem de autocarro (onde mais poderia ser?!?!?) que:

- Começou com um ‘boa noite’, e um elogio à minha pessoa (ao que parece dou nas vistas);

- Passou para um tentar fazer conversa de circunstância para quebrar distâncias;

- Continuou com um convite para um copo;

- Seguiu, após a minha recusa, para uma lamentação chantagista ‘sou assim tão pouco atraente que não possas querer dar-me uma oportunidade para te conhecer e dar-me a conhecer melhor?’ (à qual, educada e sinceramente, respondi que o meu não prendia-se com a minha vontade, ou falta de vontade);

- E terminou com um muito admirado ‘mesmo a dares uma tampa não perdeste a simpatia’;

Vejo-me forçada a concluir que:

- Ou as pessoas são cada vez mais mal formadas que não conseguem ser educadas com os outros quando estes outros não lhes despertam interesse;

- Ou, então, eu sou de outro planeta, já que o facto de não haver interesse da minha parte em aceitar um convite não é motivo para ser antipática, mal-educada ou indelicada para quem o fez sem nunca me faltar ao respeito, antes pelo contrário.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Rescaldo da Época Festiva que de festiva ía sendo muito pouca

À meia noite do dia de Natal, estive a desesperar por um táxi que nunca chegou, enquanto via que os condutores dos poucos carros que por mim passavam, em plena Avenida dos Combatentes, abrandavam com receio que me fosse atirar para debaixo deles, qual frustrada a tentar pôr fim à sua vida.

À meia noite da noite de Passagem d'Ano, já havia 3 minutos que tinha dado as boas vindas a 2010 sem tocar numa única taça de champanhe, pois o relógio da festa estava adiantado.

À meia noite do dia de Ano Novo, junto com os amigos malucos de longa data, foi inventada a tradicional "descontagem de ano novo", com brinde e desforra de champanhe até quase não saber a quantas ía.

A minha vida está mesmo a dar cabo da tradição...