Amigo - Sabes? Estou a precisar de umas noites de sexo puro.
Eu - Percebo-te. Às vezes também acho que preciso disso.
Amigo - Tudo sem compromisso. Meia dúzia ou dúzia e meia de cambalhotas e, depois, amigos amigos, gostei muito deste bocadinho...
Eu - Principalmente porque foi curto.
(Gargalhada geral)
Amigo - Hoje ao jantar estive quase a propor à N uma cambalhota destas.
Eu - E não fizeste porquê?
Amigo - Pois não sei. Ao fim de 3 copos de vinho pensei: 'devo estar a alucinar com o álcool'.
Eu - Toldados pelo álcool estas propostas fazem e deixam de fazer sentido no mesmo instante. (sorri-lhe)
Amigo - hum, hum...
Eu - Mas se ainda estás a pensar nisso devias ir propor-lhe isso.
Amigo - Eh pá! De momento estou com preguiça de me levantar. O álcool já começa a pesar.
Eu - Ok. Eu sei perfeitamente que enquanto não deitar este copo abaixo e não tiver sede de outro não me levanto daqui, mesmo já sentido o cú completamente quadrado. A noite está óptima e o álcool está a correr livremente pelo sangue. É só curtir!
Amigo - Wiiiiiiiiiiiiiiii! Estamos bem, nós.
Eu - Sim, estamos. É isso que se quer de uma noite entre amigos.
(E desmanchamo-nos a rir)
Amigo - Sim. Agora voltando à conversa e tu?
Eu - Eu o quê?
Amigo - Não estás a precisar de umas cambalhotas?
Eu - Se calhar estou, mas assim que tenho este pensamento, vem logo outro a seguir: estou mas é a precisar de uma coisa mais na onda do afecto adolescente que, para além de, alimentar sensações também alimente sentimentos.
Amigo - Pois...
Eu - Mas mais do que isso, preciso de conhecer pessoas novas, de estimular a descoberta e de uma noite salseira para matar as saudades de dançar.
Amigo - Nisso não te posso ajudar. Não tenho ninguém, de momento, que te possa apresentar e salsa, já sabes, não é a minha onda.
Eu - Ya.Tenho que ser eu a socializar.
Amigo - Sim. Agora vou ver se me levanto que tenho que ir à casinha.
Eu - Boa sorte!
Amigo - Precisas de um
refill?
Eu - Ainda vou a meio, pá!
Amigo - Ok! Volto já.
O amigo voltou, assim como esta e outras conversas. O spot ao meu lado esteve bastante concorrido e eu, entre um gole de bebida e uma baforada nos cigarros que ia cravando, fui alimentando conversas pela noite fora (ora a dois, ora a três, ora a quatro. Quer amigos quer desconhecidos).
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