Há uns dias descobri que os meus amigos andam preocupados comigo. Sentem-me ausente e distante quando estou com eles e, pior que tudo, não me vêem a gastar dinheiro a comprar as coisas que, normalmente, gosto*.
Sei que ando um bocadinho a leste do paraíso e com falta de vontade de me mexer, mas atribuo-o ao cansaço e à falta de paciência que de momento me invade**. Para além disso, de momento, o grupo de amigos com o qual mais me dou anda a passar por uma dinâmica meio tóxica.
Andam todos, de uma maneira ou de outra, frustrados com o rumo que áreas distintas das suas vidas andam (ou não andam) a seguir. Depois quando nos juntamos, em vez de tentarem pôr, minimamente, de lado estas frustrações, não. Trazem-nas para os nossos convívios e isso leva a que passem a maior parte do tempo a degladiarem uns com os outros quem é que está mais down e a precisar de atenção.
Claro está, que em vez de ter um par de horas descontraídas e bem passadas, em que se debatem parvoíces e assuntos mais sérios, vejo-me num campo de batalha em que todos falam mas ninguém se ouve. Já que assumem comportamentos que roçam a falta de respeito mútuo, o egoísmo, a birra e o amuo infantis***.
Assim, a pouca vontade que arranjo para estar com eles acaba por desaparecer no momento em que começam as trocas de galhardetes de "Eu estou pior do que tu", "És sempre a mesma coisa." e "Temos que fazer isto assim ou assado, senão não faço". Ao vê-los em picardias imbecis que magoam, a quererem só fazer as coisas à sua maneira e a quererem ter razão por tudo e por nada, deixa-me triste. Por isso, para não me intoxicar com estas más energias, acabo por me recolher no meu canto e deixá-los na sua conversa de surdos. E vou dizendo, sem nenhum deles me conseguir ouvir, claro!, que não percebo porque insistem em marcar encontros em grupo, já que só querem fazer as coisas à maneira deles e andar constantemente de costas voltas.
Sei que ando um bocadinho a leste do paraíso e com falta de vontade de me mexer, mas atribuo-o ao cansaço e à falta de paciência que de momento me invade**. Para além disso, de momento, o grupo de amigos com o qual mais me dou anda a passar por uma dinâmica meio tóxica.
Andam todos, de uma maneira ou de outra, frustrados com o rumo que áreas distintas das suas vidas andam (ou não andam) a seguir. Depois quando nos juntamos, em vez de tentarem pôr, minimamente, de lado estas frustrações, não. Trazem-nas para os nossos convívios e isso leva a que passem a maior parte do tempo a degladiarem uns com os outros quem é que está mais down e a precisar de atenção.
Claro está, que em vez de ter um par de horas descontraídas e bem passadas, em que se debatem parvoíces e assuntos mais sérios, vejo-me num campo de batalha em que todos falam mas ninguém se ouve. Já que assumem comportamentos que roçam a falta de respeito mútuo, o egoísmo, a birra e o amuo infantis***.
Assim, a pouca vontade que arranjo para estar com eles acaba por desaparecer no momento em que começam as trocas de galhardetes de "Eu estou pior do que tu", "És sempre a mesma coisa." e "Temos que fazer isto assim ou assado, senão não faço". Ao vê-los em picardias imbecis que magoam, a quererem só fazer as coisas à sua maneira e a quererem ter razão por tudo e por nada, deixa-me triste. Por isso, para não me intoxicar com estas más energias, acabo por me recolher no meu canto e deixá-los na sua conversa de surdos. E vou dizendo, sem nenhum deles me conseguir ouvir, claro!, que não percebo porque insistem em marcar encontros em grupo, já que só querem fazer as coisas à maneira deles e andar constantemente de costas voltas.
Depois alguns deles estranham quando eu digo que ando a precisar de conhecer gente nova que me faça voltar ao básico (isto é, com a qual não haja qualquer necessidade de partilha de bagagens e lixos tóxico-emocionais)****, porque esta nossa família disfuncional anda a dar comigo em louca.
* Está visto que sempre fui uma consumista fervorosa e nunca me tinha dado conta
* Está visto que sempre fui uma consumista fervorosa e nunca me tinha dado conta
** Ainda não tive direito a gozar nem um dia de férias. Mas já faltou mais para isso
*** Ao ponto de se esquecerem que as respostas a um convite são um simples "Sim, obrigada."
ou "Não, obrigada", não o "Não podia ser uma coisa/sitio melhor?", "A escolha é péssima.", "Programinha chatoooo!!!"
ou "Não, obrigada", não o "Não podia ser uma coisa/sitio melhor?", "A escolha é péssima.", "Programinha chatoooo!!!"
**** Muito sinceramente, acho que, a eles, isso também iria fazer bem, para voltarem a ter os pés mais assentes na terra e deixarem de andar às voltas dos seus umbigos
Acho que todos nós, de vez em quando, sentimos necessidade de conhecer pessoas novas, que não carreguem determinados vícios de convivência connosco. Isso também nos dá a possibilidade de nos "reinventarmos" um pouco, nem que seja por umas horinhas.
ResponderEliminarEu julgo que isso é "excesso de convivência" com as mesmas pessoas de sempre. Eu de vez em quando mudo de companhias, não querendo dizer que estas venham a ser melhores que as anteriores, mas se é para ouvir coisas dessas é preferível ao menos ouvir outros protagonistas.
ResponderEliminarE ficar em casa, recusar alguns desses convites é uma atitude muito inteligente.
Ana,
ResponderEliminarPor vezes considero que se chega a este ponto por se considerarem os outros como dados adquiridos e que não vale a pena esforçar-nos um pouco mais para manter a 'chama' inicial.
Martini,
De momento dei 'um tempo' nos convites que vêm da parte dos elementos do grupo e optei por me ir encontrando com poucos deles de cada vez.
Mas acho que não se deve deixar de lado amizades com mais de 15 anos por dá cá aquela palha. Devemos é continuar a conhecer e encontrar pessoas novas para não fecharmos os nossos horizontes ao mundo à nossa volta e julgo que é isso que vai faltando a grande parte de nós.
Eu pessoalmente admito que gosto de fazer isso, infelizmente nos últimos tempos os meus horários de trabalho não me dão muita margem de manobra para tal e a minha disposição não está com o sentido prático de se virar para tal, embora me vá dando sinais que devo partir para a acção.