Grande parte de nós tem a tendência para se antecipar a tudo o que o outro faz, diz, pensa e sente.
Porque acha que o conhece muito bem e, por isso, as acções e reacções dele são previsíveis; Porque transfere para o outro a própria forma de agir, pensar, sentir e falar como única possibilidade; Porque muitas vezes não tem paciência para aguardar que ele formule a ideia e desta forma vai completando o discurso; Ou ainda, porque pura e simplesmente quer conduzi-lo para determinado ponto de vista.
Embora grande parte das vezes não haja 'maldade' (tentativa de ser boazinha) neste acto, acaba-se por não ouvir o que o outro diz (já que se está a pensar no que vai dizer ou fazer a seguir) e deixa-se de usar a escuta activa.
No final, em vez de solucionarmos os obstáculos, contornamo-los. O que é a mesma coisa que nada fazer, já que os mesmos não deixam de existir.
Ouvir, sentir e observar o outro, sem pressas, possibilita um maior conhecimento do mesmo e mostra outros caminhos e áreas que podem ser explorados. Já que não entramos no campo dos 'achismos' e 'supônhamos' e desta forma não fazemos filmes, não deixamos que os macaquinhos tomem conta do sotão e obscureçam a visão e a razão e não castramos imaginações.
É a imprevisibilidade que nos torna únicos.
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