terça-feira, 31 de dezembro de 2013

De 2013

Memórias visuais contadas pelo meu telemóvel.

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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

...

Gostava de voltar a ver-te independente, determinada e de sorriso fácil para a vida.

Gostava de voltar a ouvir os teus passos arrastados enquanto, atarefada, cirandavas pela casa.
 
Gostava de voltar a sentir os cheiros doces e salgados que espalhavas pelo prédio e pela rua quando te embrenhavas nos teus cozinhados.
 
Gostava de voltar a ver-te concentrada a organizar as tuas contas e sonhadora a planear o teu próximo passeio, projecto ou convívio.
 
Gostava de voltar a ser acordada pelo bater madrugador da porta de casa, quando saías para os teus afazeres e pelas entradas de rompante pelo meu quarto a chamares R. Mariza.
 
Gostava de voltar a ser inundada pelo teu entusiasmo para contares as peripécias do teu dia ainda antes de eu conseguir entrar e fechar a porta de casa.
 
Gostava de voltar a poder apanhar-te a roubar o melhor pedaço do meu pequeno-almoço e a entrar de mansinho na casa-de-banho quando ainda estava no banho.
 
Gostava de voltar a ir às compras contigo como se fosse a missão mais importante do mundo.
 
Gostava de voltar a poder chamar por ti para me trazeres aquilo que me esqueci por pura preguiça.
 
Gostava de voltar a envolver-me numa discussão calorosa contigo, daquelas sem pés nem cabeça, para amuarmos uma com a outra durante minutos, horas, dias ou semanas.
 
Gostava de voltar a sentar-me ao teu colo à procura de aconchego como se ainda fosse criança.
 
Gostava de voltar a ter-te ao meu lado a trocar opiniões sobre como levar o melhor da vida.
 
Gostava de voltar a ver-te vestir toda vaidosa para um serão especial.
 
Gostava de voltar a ouvir-te dizer "E porta-te bem" de cada vez que saio de casa.
 
Até há um mês estes pequenos nadas, que davam vida ao nosso dia-a-dia, eram vontades que nunca deixámos de reinvindicar nem de acreditar serem possíveis resgatar. Mesmo com o agravar da tua doença.
 
De há um mês a esta parte transformaram-se na marca da saudade, do vazio e do silêncio que a tua morte me deixou.
 
Partiste numa tarde de início de Setembro, embalada pelo brilho azul do céu e do sol escaldante...

sábado, 27 de julho de 2013

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Já Chegou Junho?!?

Chegámos a meio de mais um ano.
 
O trabalho vai andando ao seu ritmo louco. A família está a conseguir adaptar-se à nova realidade (nada fácil mas de todo incontornável). As amizades e os amores andam perdidos algures devido à falta de tempo e, em alguns casos, à falta de paciência para os alimentar. E a saúde está boa e recomenda-se.
 
Por isso, está tudo dentro da normalidade quotidiana.
 
Para melhorar as coisas, vêm aí as férias que prometem ser em grande. Vinte dias de sopas e descanso, com oito dias já reservados para uma total quebra na rotina algures perdida por África, e os outros doze dias sem nada definido, mas por isso mesmo abertos a grandes possibilidades. Vai ser o período ideal para carregar no botão do off referente às preocupações e responsabilidades e ligar o botão da diversão e descontração.
 
Enquanto aguardo, impacientemente, que a última semana de trabalho pré-férias chegue rapidamente ao fim, vou fazendo figas para que as férias e os meses de Verão que estão para vir não se lembrem de me pregar nenhuma partida, com um doce amargo de boca, como a do ano passado.
 
A ver vamos.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Rendilhado de Palavras

Fecho os olhos e procuro ver-me através do espelho da mente. Como se de olhos abertos procurasse, no reflexo que me é dado, a essência daquilo que sou, a ilusão daquilo que fui e a incerteza daquilo que serei num dia que ainda está por vir.
 
Abro os olhos e o que ficou da procura que empreendi é um esboço vazio de importância. Porque o que sou deixei de o ser no exacto momento em que dei por terminada a procura, o que fui continua diluído na essência daquilo que sou e o que serei é um condicionalismo indefinido do que vou vivendo a cada passo que dou.
 
No pensamento que fica, na memória que escapa e no acto contínuo que me vai prendendo aqui onde estou, pouco ou nada faz sentido.
 
O que me passa pela cabeça e vou tentando transpor para o papel é um amontoado de palavras que mais não são do que uma combinação desconexa de sons de imagens que transmitem pouco ou nada daquilo que sinto com os pensamentos que fluem demasiado velozes.
 
Acção mecânica. Sem sentido. Sem sentir. Apenas e só porque acho que devo ocupar-me com algo mais. Mas mais o quê?
 
Tentar dar nexo a pensamentos dormentes e sem nexo é um exercício que me ocupa o tempo, mas que, ao mesmo tempo, me rouba o tempo que preciso para sentir e interagir, verdadeiramente, com o que está à minha volta. Estranhamente cansa-me o espírito e incapacita-me o físico, pela quebra dos laços afectivos trazidos pela ausência do sentir.
 
Paralisia. Suicídio. Morte. Assassínio. Seja o que for que diga que faz com que tenha deixado de sentir é algo que está para além da inexpressividade dos sentimentos e muito aquém da necessidade dos sentidos.
 
A antecipação do toque. Repulsa.
 
O cruzar de olhares. Insulto.
 
O prenúncio do olfato. Asfixia.
 
A expressão da fala. Falácia.
 
Preferível é manter vestido o manto da invisibilidade. Permanecer no conforto de não ser visto. De não ser tocado. De não ser sentido. Resguardar-me da ânsia dos sentidos que é facilmente ampliada com o convívio.
 
Deixem-me estar no sossego de onde estou, como estou e com quem não estou. Assim como deixo passar em branco as folhas de papel que teimam em ser tingidas pelas canetas que estão aprisionadas na minha mão em cada visita guiada ao tampo da minha secretária.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Uma Aventura nas Compras

No fim-de-semana que passou fui tentar comprar um vestido. Entrei na loja X*, provei um tamanho S, mas não comprei. Ficava ligeiramente largo.

Acabei por ir à loja Y*, onde encontrei um vestido com o mesmo corte. Fui experimentar o S, não consegui fazê-lo passar para além de debaixo dos braços e ainda estive cerca de 5 minutos a debater-me para conseguir despi-lo.

Como me deu tanto trabalho, resolvi também dar algum trabalho à empregada da loja e pedi que me trouxesse o tamanho acima. Foi mais fácil de vestir, apesar de difícil de apertar. Ou seja, até que cabia dentro do M, mas tinha a pretenção de conseguir, no mínimo, respirar e, no máximo, fazer mais do que brincar ao homem-estátua com ele vestido.

Fascinada com o rumo que esta aventura estava a levar, voltei a pedir o auxílio da empregada da loja que, muito atenciosamente, trouxe-me o tamanho maior que fazem do vestido. Passei a experimentar o L. Milagre dos milagres! Já conseguia mexer-me e respirar. Pena mesmo é que para usar o vestido teria que fazer arranjos consideráveis da cintura para cima.

Demasiado trabalhoso, pensei. Mas fiquei uns minutos a olhar-me ao espelho do provador, ainda com o vestido vestido, a ponderar o que seria melhor: mandar apertar o vestido ou fazer uns implantes mamários para precaver situações futuras. Claro está que não consegui decidir-me. Por isso vesti-me e deixei o vestido com a empregada, que o recebeu com enorme satisfação, que se intensificou ainda mais quando eu disse que não o ia levar.

Ao sair da loja cheguei a uma conclusão, ao estilo de teoria da conspiração: o vestido em questão só pode ser uma prova de desgaste psicológico, imposta por quem dita as tendências de moda da loja Y, para nos fazer sentir complexadas com as nossas medidas. Isso ou enganaram-se nos moldes e puseram na secção de senhoras roupa da secção de meninas entre os 10 e os 12 anos.

Posto isto, dei por terminada a minha procura e fui fazer um almoço mega calórico para ver se conseguia ter uma verdadeira razão para me sentir gorda. Fiquei frustrada, porque a excessiva ingestão de calorias e a aventura na Loja Y não trouxeram este resultado. Salvou-me da frustração total ter trazido da loja X um top.
 
 
*Se me pagassem para fazer publicidade até que podia pensar em dizer
 os nomes destas duas conhecidas cadeias de lojas. Mas tenho a certeza que são
 poucas as meninas que não conseguem acertar, pelo menos, no nome da loja Y.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Devaneios

Estou a precisar de um tema, de uma motivação, de uma vontade e de um à vontade.
 
Sei que é muito para o tão pouco de que preciso realizar: escrever - algo que, ao que me parece, deixei se saber (ou querer) fazer.
 
Pode ser que quando eu deixar de precisar de tanto ou tudo deixar de fazer sentido, o tema, a motivação, a vontade e o à vontade surjam naturalmente e transformem-se em tão pouco para o muito que hei-de escrever.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Reminiscências de um passado a dois

Sinto saudades do teu cheiro. Do teu toque nas minhas mãos, na minha cara, na minha pele.
 
Sinto falta do teu sorriso de miúdo crescido. Da tua voz quando me contas as preocupações do dia de trabalho, as travessuras dos teus filhos e o que me queres fazer quando mais tarde nos encontrarmos (para logo a seguir nos perdermos pelos lençóis).
 
Sinto falta do teu prazer em mim e do meu prazer em ti.
 

sábado, 9 de março de 2013

Inacabados

A primeira vez que nos tocámos, num aperto de mão característico de um cumprimento formalmente contido, um choque eléctrico percorreu cada centímetro do nosso corpo. "Electricidade estática", disse em tom de desculpa quando vi o teu olhar de surpresa. "Só pode", retribuiste com um sorriso mais tranquilo que quebrou, parcialmente, o constrangimento.
 
No entanto, o aguçar dos sentidos revelou-nos que a estática não passou por nós. Já que o desconforto trazido foi causado pelo despertar involuntário do desejo, não pela dormência expectável do choque.

terça-feira, 5 de março de 2013

Estou Óptima, Temos Pena

O chato de ir de férias é, no final, ter de voltar à rotina do trabalho. Mas como há coisas piores na vida, já me reabituei a esta dura realidade.
 
Isso tudo para dizer que há meia dúzia de dias regressei ao trabalho, depois de um curto período de férias e para confessar que a vontade de voltar era pouca e quando lá cheguei passou a quase nenhuma.
 
Primeiro, porque os dias de afastamento "souberam a pato".
 
Segundo, porque logo ao chegar à xafarica tive a infelicidade de me cruzar com a coleguinha do costume que, para não variar, recebeu-me com a velha boca do "estás mais magra, não está?".
 
Como seis dias longe dos meus coleguinhas e dos nossos nobres "agricultores" são q.b. para repor os níveis de paciência e para manter a boa disposição por muito mais tempo, acabei por estar inspirada o suficiente para arranjar uma resposta à altura da sua preocupação e que a deixou educadamente amuada. Explorar as fraquezas dos outros não é lá grande política, mas para quem não sabe qual é o seu lugar nem tem poder de encaixe, traz resultados maravilhosos*.
 
Agora voltemos ao que interessa, as férias. Principalmente, porque fui brindada com dias de Inverno cheios de sol e temperaturas a chegar bem perto dos 20 graus. Que foi sem dúvida um convite irrecusável para passeios descontraídos pelas ruas de Lisboa.
 
O entusiasmo desta dádiva foi tanto que me vi a sair da cama quase sempre antes das 9h e a pôr os pés na rua a tempo de dizer bom dia aos vizinhos carrancudos com que me cruzei. Algo pouco usual para mim, já que o meu horário de trabalho não me obriga a acordar nem a sair de casa antes do meio dia, muito pelo contrário.
 
Nestas férias só houve espaço com hora marcada para uma ida ao médico e para os preparativos e participação no já célebre jantar de "São Valentão" entre amigos. De resto, foram seis dias calmos a calcorrear Lisboa sem quê nem porquê, quase nunca com destino traçado e quase sempre sem hora de partida e de chegada para aproveitar ao máximo o sol revitalizante que dá vida à cidade. O que me soube bem e me fez ainda melhor.
 
 
*Principalmente quando são pessoas que não se dão bem com o facto dos outros estarem e sentirem-se bem com eles próprios e com a vida.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Conversas Perdidas (Colectânea 2012)

1. Do Precisar
Precisar nem sempre é sinónimo de querer. Eu estou a precisar de ir fazer análises, mas se me perguntares se quero, honestamente, tenho que te responder que não, não quero.
Por isso, dizeres que precisas de falar comigo e nada fazeres para o proporcionar, leva-me a concluir que não queres.
 
2. Das Relações a Dois (que não resultam)
O que correu mal entre nós dois? A forma como encaramos o que combinamos fazer. Eu como compromissos, tu como promessas.
Como os compromissos assumem-se e as promessas esquecem-se, eu dei o meu melhor para não falhar nos meus e tu deste o teu melhor para justificar as falhas constantes nos teus.
Por isso, ao fim de alguns meses a ver a corda ceder sempre para o mesmo lado, acabei por soltá-la para ver se o nada que largava e o nada com que ficavas nos faziam falta.
 
3. Das Faltas de Respeito (provenientes de quem acha que o centro do mundo é o próprio umbigo)
Estou cada vez mais certa que ninguém o faz sem querer. E grande parte do que lhes é apontado como "defeito" é visto por eles como algo muito especial e que os torna únicos, por isso continuam a agir assim.
Os que têm alguma coisa útil na cabeça só começam a aperceber-se que talvez devem rever comportamentos se começares a estar com eles da mesma forma como eles estão contigo.
 
4. Da Saturação (devido aos excessos de convivência e de ausência)
Este ano, deixei de procurar muitas pessoas com quem tinha o costume de estar, mesmo que de forma intermitente, porque dei-me conta que o balanço dos últimos anos, no respeitante a iniciativas de encontros concretizadas, pendia fortemente para o meu lado.
Foi interessante perceber que mais de 50% dos visados nunca mais deu sinal de vida, que consigo contar pelos dedos de apenas uma mão os que conseguiram arranjar tempo para estar comigo, mas que já não tenho esta mesma facilidade para contar aqueles que ficaram pelas boas intenções e amuados porque receberam respostas à altura dos seus comentários egoístas, típicos de quem está sempre à espera que sejam os outros a fazer tudo: "anda desaparecida a menina", "vê lá se liga para combinar qualquer coisa?", "esqueceu-se dos amigos?"

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Rescaldo de 2012

Agora que passou mais de um mês desde que 2012 chegou ao fim, acho que é um bom momento para fazer um balanço sobre o ano.

2012 foi um ano de muitos altos e baixos.
 
Há degraus que não devemos deixar de galgar
 
A título pessoal a saúde vacilou e fez com que psicologicamente também me fosse abaixo. O coração entrou no batimento acelerado da paixão, mas voltou à sua batida regular.

No trabalho foi um ano de estabilização, o que não significa de realização, mas fui buscando e encontrando motivação para continuar na lufa-lufa diária.

A família, por intermédio da senhora minha mãe, foi pregando valentes sustos, que me vão forçando a render à evidência que vai ser cada vez mais assim.

As amizades foram uma caixinha de surpresas ou, se calhar, deu-se a revelação há muito camuflada pela minha constante mania (iniciativa) de as alimentar e que este ano esmoreceu.

No fim de contas, apesar de me ter parecido que envelheci uns 10 anos neste último ano, por tantas preocupações, mau estar físico e cansaço, não posso deixar de ficar contente por ter passado por 2012. Afinal de contas, ainda estou viva e recomendo-me.

Sim, andei meio perdida, mas consegui voltar a encontrar-me.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Promessas, Promessas

Não sou de promessas, sou de compromissos. Já que as promessas esquecem-se e os compromissos assumem-se.

Se já sou assim para comigo, com quem até podia ser mais condescendente (porque só a mim devo satisfações sobre o que assumo ou não fazer) para com os outros faço questão de não falhar (quer por brio, quer, acima de tudo, por respeito e consideração pela pessoa e pelo seu tempo, que assumo tão ou mais precioso do que o meu).

Por isso, não aprecio e fico piursa com quem se presta a mascarar de compromissos algo que garantidamente não é mais do que uma promessa para esquecer, apenas e só porque lhe convém ficar bem na fotografia e descansado da vida.

Prefiro mil vezes mais aqueles que assumem de antemão um não, do que quem teima em se enredar no labirinto das promessas. Do "claro que sim, em princípio, talvez dê", "sim, sim, só que ainda temos tempo para decidir isso", "pode ser, mas amanhã, ok!". E porquê? Porque raramente o amanhã vem e nunca nada acontece, a não ser total descaso e desrespeito pelo outro e incompreensão pela insatisfação manifestada por quem se vê sempre relegado para segundo plano ou esquecido.

Como os meus fazer, dizer e ir são compromissos tomados para comigo ou para com terceiros, tenho vindo a afastar-me de quem usa os seus como promessas apenas para retardar reacções que os possam deixar em situações incómodas.

Assim, cada vez mais vou dedicando o meu tempo e atenção a quem tem igual consideração para comigo, não me tomando como um dado adquirido, sempre à ordens das suas vontade e conveniência.

Recomeços

 
Ainda nem faz uma semana, estava a escrever sobre a agitação que há vários meses me atormentava, consumindo a minha energia e apagando a minha concentração e o meu interesse para tudo e para todos à minha volta.
 
Sabia perfeitamente o que me deixava assim e o que fazer para a resolver. Mas, por casmurrice, acabei por interiorizar que a resolução estava fora do meu alcance e passei para as mãos de terceiros esta responsabilidade. Até porque estavam igualmente envolvidos na situação. O problema é que para eles a resolução entrou num constante adiar.
 
Até que, cansada de ter a minha vida parada por estar presa entre as mãos de quem seguia a dele livre, fresco e fofo, deixei de ser obtusa (que é o mesmo que admitir que pus a casmurrice, o orgulho e o receio de lado) e resolvi voltar ao comando.
 
O que fiz? Simples. Agi. E aquilo que durante meses achei estar fora do meu alcance, foi conseguido em pouco mais de 5 minutos.
 
Três dedos de conversa foram suficientes para esclarecer alguns equívocos, confirmar algumas descobertas, pôr um ponto final a esta angústia prolongada e, o mais importante de tudo, ter novamente nas minhas mãos o rumo da minha vida.
 
Agora, novamente livre, posso voltar a sorrir com gosto e usufruir da tranquilidade de espírito há muito desejada.
 
 

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Olá Outono!*

Final de tarde do 1º dia de Outono
Ao chegar ao fim do Verão, poderia dizer que vai deixar saudades, porque foi divertido e ao mesmo tempo produtivo.
 
De facto, vindo-me à memória o Verão do ano anterior, este nem chegou a aquecer.
 
Pouco dado ao convívio, sem dias de praia intermináveis nem finais de tarde em esplanadas a libertar o corpo do calor pegajoso, este Verão praticamente resumiu-se a ver o diminuir diário das horas em que o sol, preguiçosamente, voltava a encontrar-se com o horizonte, dando lugar à noite, e a recuperar das maleitas que resolveram tomar conta do meu corpo.
 
Fosse eu de baixar os braços, este Verão dos meus 35 anos, sairia catalogado como o do início da minha decadência, como muito boa gente (meio a sério, meio a brincar) me foi dizendo.
 
Felizmente, a seguir ao Verão vem sempre o Outono. Assim, permito-me recebê-lo de cabeça erguida e de braços abertos. Pode ser que o vento que trouxe no dia da sua chegada seja de boas mudanças.
 


*Pensamento de  22 de Setembro, enquanto apreciava um cigarro e a vista
que me emoldura as pausas dos fins-de-semana de trabalho.